Resiliência no trabalho reduz riscos de doenças e traz benefícios ao dia a dia
O estresse profissional é um tema que vem sendo discutido constantemente por especialistas e, atualmente, faz parte das mais diferentes áreas e setores do mercado de trabalho. Ao contrário do que muitos pensam, essa situação não está restrita somente aos profissionais que exercem altos cargos em grandes empresas.
O problema está presente em todos os níveis hierárquicos, nos mais diversos tipos de organizações, e se intensifica à medida que aumentam as cobranças, responsabilidades, competitividade e longas jornadas de trabalho, entre outras características muito peculiares da globalização.
Como desenvolver resiliência no trabalho? Diante desse cenário, como conciliar o trabalho e o equilíbrio emocional?
A solução está em implementar programas de promoção da resiliência no trabalho que contribuam para que cada indivíduo desenvolva essa capacidade. O termo resiliência, que vem da física — um
campo das ciências exatas — vem sendo utilizado pelas ciências humanas para descrever a capacidade humana de ressignificar crenças, enfrentar, superar e aprender com as adversidades e dificuldades de modo saudável, resultando em fortalecimento e amadurecimento.
A resiliência no trabalho pode ser desenvolvida por meio do treino das competências pessoais internas dos profissionais, adquirindo-se assim um jeito mais positivo e flexível de enxergar as adversidades e minimizando os efeitos negativos do estresse.
O comportamento resiliente desenvolve-se através de oito áreas, que, quando trabalhadas, reduzem os riscos de doenças e trazem benefícios ao ambiente de trabalho: autocontrole emocional, otimismo em relação à vida, análise do ambiente, empatia, autoconfiança, leitura corporal, conquistar e manter pessoas e sentido de vida. Descrição de cada uma dessas oito áreas:
● Autocontrole: refere-se à capacidade de se manter calmo e equilibrado para lidar
com seus sentimentos ao enfrentar situações de pressão ou imprevistos.
● Otimismo em relação à vida: é a capacidade de manter esperança, com a convicção
de que as adversidades irão mudar, acreditando ser possível gerenciar a situação no
presente e enxergar um amanhã melhor.
● Análise do ambiente: refere-se à habilidade de identificar as causas dos problemas e
adversidades, mapeando pistas no entorno.
● Empatia: relacionada à capacidade de compreender o estado emocional das outras
pessoas e agir de acordo com esse entendimento.
● Autoconfiança: habilidade de sentir-se eficaz nas ações a serem realizadas; é
acreditar em seus recursos e potenciais internos.
● Leitura corporal: capacidade de perceber as mudanças que ocorrem no corpo ao
enfrentar adversidades e controlar os sintomas e efeitos do estresse nos sistemas
nervoso e muscular.
● Conquistar e manter pessoas: relacionada à habilidade de construir e preservar
relacionamentos, formando redes de apoio e proteção.
● Sentido de vida: capacidade de entender e manter um propósito maior para a
existência, atribuindo valor à vida.
Um programa de promoção da resiliência no trabalho capacita gestores e colaboradores a administrar os níveis de estresse presentes no ambiente, produzindo resultados práticos e visíveis, tais como: elevação do bem-estar, diminuição dos efeitos do estresse, melhora na qualidade dos relacionamentos interpessoais, favorecimento da troca de experiências, conhecimentos e talentos e, consequentemente, contribuição para melhor desempenho das atividades, alto rendimento da equipe e concretização dos objetivos propostos.
